A fotografia é da nova-iorquina Jill Freedman e, como uma fotografia bem conseguida, está lá sugerida toda uma história de dois protagonistas que se cruza por um instante, o da detenção da prostituta, com as suas mãos em cima do tejadilho como lhe ordenaram, identificável por aquelas calças de Lycra (?) tão justas quanto brilhantes. Ao mesmo tempo, um polícia revista-lhe o carro à procura de droga, num interior que se adivinha já fosse uma bagunça mesmo antes da revista… A postura do meio corpo visível do polícia, meio enferrujada, sugere um agente de meia-idade combinando a negligência – repare-se na forma como deixa a sua arma no coldre ao alcance da detida – com a tarimba – as prostitutas detidas não costumam fazer disparates desses...
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