O tom geral é, naturalmente, condenatório e a sequência de eventos acaba por se tornar, na perspectiva de Max Boot, justificativa do actual comportamento progressivamente distanciado dos iraquianos em relação aos norte-americanos. Nada disto é novo, os acontecimentos históricos mencionados sempre existiram e as análises associando-os (alguns ou todos os eventos) com a actualidade iraquiana pululam. A novidade está em quem os escreve.
Confesso não resistir ao gosto de lhe apontar algumas fraquezas na sua argumentação, como por exemplo a omissão do exemplo sul-coreano, um aliado norte-americano a que há que reconhecer um sucesso inquestionável, e pelo qual se compreende que nem sempre repousam nos Estados Unidos todos os factores decisivos – e, consequentemente, nem todas as responsabilidades – sobre o sucesso ou insucesso dos seus aliados externos.
Nos fundamentos deste lapso, percebe-se como Max Boot continua imperialisticamente norte-americano. Mas um norte-americano que, ao contrário dos seus melhores artigos do passado, se tornou agora apenas descritivo e que parece assumir-se como um mero espectador, embora atento, do que poderá vir a ser a nova política externa desta Administração. E nestes pequenos detalhes também se notam as sequelas dos resultados das eleições deste mês…
Os franceses têm, no seu leque de termos correntes de "calão", a palavra CON que significa "estúpido", "nabo", "imbecil", etc.
ResponderEliminarSerá que os velhos CONS estão fora de prazo, desactualizados?
Quem são (e o que são? os novos CONS, os neocons?