25 março 2006

AS BASES

Confesso não saber se a prática do que foi descrito no post anterior no episódio não ficcional é autorizada ou proibida pelos estatutos do PS e mesmo se, sendo sancionada, isso acontece na prática ou se se fica apenas pela teoria. Também não sei até que ponto esta ou outras práticas estarão difundidas. Suspeito bem que as duas coisas acabem até por estar associadas.

Usando o senso comum, não há três nem mesmo duas maneiras alternativas de as classificar: são eticamente reprováveis. Não ficam, aliás, muito distantes das práticas dos voluntários da pide e da legião portuguesa quando andavam de mesa em mesa a arranjar votos para eleger o Almirante Tomás contra o General Delgado.

Ainda anteontem, um ex-vereador de Felgueiras, Horácio Costa, declarou que tinha informado oportunamente a sede nacional do PS dos problemas que depois descambaram no designado processo do saco azul. Como a notícia mencionava expressamente José Sócrates, Jorge Coelho e António Guterres, considerei-a uma tentativa canhestra de atirar merda à ventoinha. Hoje, tenho as minhas dúvidas se não haverá alguns resíduos de verdade na história.

Fico para saber se o tal camarada dos cheques que, pelos vistos até ganhou as tais eleições concelhias, sobreviverá incólume à sua iniciativa benemérita pela militância dos seus camaradas mais necessitados… Apesar da sua trajectória política lhe estar a correr muito bem, apesar do prometido choque tecnológico, suspeito que o Engenheiro Sócrates tem, no que diz respeito ao partido que dirige, os pés a chafurdar na merda.

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