17 junho 2018

O «SOPHIA» QUE TRANSPORTOU A SOFIA

Permitam-me chamar-vos a atenção para as publicações da concorrência, especificamente o Defender o Quadrado, que está a publicar uma série de crónicas de viagem, de que se assinalam aqui alguns notáveis exemplos (1),(2) ou (3). Mas, como na Bíblia, tudo tem uma génese, e a desta viagem por uma França em guerra, começou por uma viagem num A-319 da TAP com o poético nome de «Sophia de Mello Breyner», um excelente presságio, a excitar-nos a imaginação de que, por uma vez, em vez da conversa tradicional da localização das portas de socorro, das máscaras de oxigénio e do enchimento dos coletes de salvação, o pessoal de bordo, instalado em pleno corredor, declamasse em uníssono, com outros gestos exuberantes como os do costume:

«Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo
»

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