15 dezembro 2018

FINALMENTE O GALILEU

15 de Dezembro de 2016. Foi apenas há dois anos que os primeiros serviços do sistema europeu de posicionamento global Galileo se tornaram operacionais. A conclusão da montagem do sistema só está prevista para 2020, quando todos os 24 satélites de referenciação se tornarem operacionais (abaixo), muito embora o sistema contasse já este Verão com mais de 200 milhões de utilizadores. Mas a questão que se põe, quando se sabe que o sistema norte-americano rival GPS entrou já nos hábitos de consumo por todo o mundo, é a razão para esta insistência europeia (cara: orçada em 10 mil milhões de euros) de querer criar o seu próprio sistema de posicionamento. Uma atitude em que a Europa é, aliás, acompanhada tanto pela China (Compass) quanto pela Rússia (Glonass). A verdade é que todos estes sistemas (e aqui já estou a falar de muitos outros, para lá dos de posicionamento), por muito complexos que sejam, por muito globalizados que estejam, têm sempre não apenas um dono, mas uma autoridade por detrás, a quem esse dono tem de prestar contas. E quem dirige as potências não está disposto a depender de outras potências em aspectos que sejam considerados primordiais. Por muito ricos que os donos possam ser, Zuckerberg é que é a realidade frágil, os Blofelds são só para aparecer nos filmes de James Bond.

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