27 dezembro 2018

COMO SE SE TRATASSE DE UM «TIJOLO POLÍTICO»...

Se calhar, olhando para a justaposição destas duas notícias acima, alguma razão assistiria àqueles que, há seis anos, queriam encerrar a maternidade Alfredo da Costa... Foi só uma ideia que me ocorreu. Mas o que tornará todo este último episódio da falta de anestesistas verdadeiramente ridículo é a mudança das atitudes: aqueles que eram os mais exuberantes contestatários de há seis anos (comunistas e bloquistas), agora não se dá por eles em discreto silêncio, e são aqueles (pafistas), que deveriam ter saído nessa altura em defesa da solução do encerramento, que agora parecem protagonizar as críticas mais severas a uma situação num hospital cuja solução preconizada pelo seu governo havia sido a do seu encerramento. Esta permuta de papéis, tão comum em política, é coberta por uma comunicação social que mostra não ter memória do que aconteceu na semana passada (nem disposição para a ir buscar...). Assim sendo, vale a pena atribuir alguma seriedade à discussão pública sobre o destino da maternidade Alfredo da Costa? Ou o assunto não passará de uma espécie de tijolo político que se arremessa a quem está no governo ao sabor das circunstâncias?

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