25 de Dezembro de 1968. A RTP inicia as suas transmissões regulares do seu segundo programa, que era emitido em frequências de UHF (ao contrário do primeiro, que era emitido em VHF). Isso fazia com que muitas televisões já instaladas, por não disporem de meios de captação das frequências mais elevadas, não estivessem habilitadas a captar as emissões do novo programa. Além disso, exigia-se a instalação de uma antena exterior suplementar. E, acentuando a especificidade do novo programa, até a mira técnica que fora instalada para a sintonização (acima) era inteiramente distinta da do primeiro programa. Porém, significativo - só se percebeu depois... - de que as aparências eram mais do que a substância e de que o invólucro não corresponderia ao conteúdo, a emissão inaugural do programa (abaixo) começou pela transmissão em simultâneo do telejornal que passava no primeiro programa!
Não se pode dizer que constituísse uma alternativa ... Durante esta primeira semana de lançamento, conforme se pode ver pela programação pré anunciada nos jornais da época, a duração das emissões raramente ultrapassaria as duas horas e meia de emissão diária, e onde a meia hora inicial era o obrigatório telejornal conjunto com o primeiro programa. O resto da emissão dedicava-se a repetições de programas que já haviam sido emitidos. Do ponto de vista prático, e durante os primeiros anos que se seguiram, receber as emissões do segundo programa foi algo que era importante dizer que se tinha, não era para usufruir. Só alguns anos depois é que o segundo programa começou a transmitir alguma programação, pouca, que não fora transmitida previamente, mas houve que esperar uma década (até 1978) para que se concretizasse a ideia de o constituir como um canal autónomo.
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