Nem imagino quantos se lembrarão ainda dos pudins Boca Doce (pretexto para uma das crónicas imortais de Miguel Esteves Cardoso, mas isso é outra história…) e do seu inesquecível jingle publicitário: O Boca Doce é bom, é bom é! Diz o avô e diz o bebé!
Mas o que me importa aqui é que acompanhem através do tempo como a mesma mensagem publicitária se adaptou aos tempos. Começou pela criança ser gulosa e atrevida e fintar o avô para lhe roubar o pudim. Depois os velhos passaram a pertencer à terceira idade…
E pertencer-se à terceira idade era uma nova maneira jovial de se ser velho e é por isso que é o avô que passa a roubar o pudim à neta. Mas roubar um pudim a uma criança não será um acto demasiado violento para fazer a uma criança?… Inverta-se então a cena.
O avô passa a dar o pudim à neta e a cena perde toda a piada. No último anúncio avô e neta aliam-se. Mas o mais significativo da cena é afinal o sorriso de condescendência como a mãe aceita as colheradas da filha que aparecem no pudim. As da filha, não as do pai...
Caro A. Teixeira
ResponderEliminarO meu comentário não tem a ver com este post mas sim com uma explicação que lhe devo.
lamento não ter colocado nos posts de 27 de julho a referencia á origem dos mesmos o que já está resolvido.
Plo lapso peço desculpa.
Cumprimentos