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Quanto à equipa dirigente que havia dirigido Leninegrado de uma forma forçosamente autónoma durante quase três anos (1941-44), Estaline, desconfiado como sempre, chamara-a, a pretexto do seu sucesso, para Moscovo, para junto de si. Zhdanov era considerado em 1946 como uma das principais figuras secundárias do estado soviético logo a seguir a Estaline.

Toda essa ascensão do clã de Leninegrado veio a desmoronar-se em 1948, minada pelos rivais de Zhdanov, como Malenkov e Beria, que não deixaram de intrigar contra ele junto de Estaline. Na Primavera desse ano, o filho de Zhdanov, Yuri foi publicamente criticado por graves erros ideológicos. Mas não era difícil descobrir quem se pretendia atingir com aquelas críticas…

Nos finais de 1950 a organização local do Partido Comunista da União Soviética em Leninegrado fora devidamente purgada e cerca de 200 militantes destacados haviam sido presos ou exilados. Em paralelo, talvez para que as pessoas usufruíssem de ainda mais amplas liberdades democráticas, o Museu evocativo do Cerco (abaixo) foi encerrado. Só veio a ser reaberto 40 anos depois…

Andei com homens de faca, põe-te em guarda
Vivi com homens safados, põe-te em guarda
Morei com homens de briga, põe-te em guarda
Uns acabaram de maca
E outros ´inda mais deitados
O coveiro que o diga...
(**) - Mortos a tiro, neste caso fuzilados.
Como sempre, deveras elucidativo. E não foi assim tão inesperado como isso. Nessa época era o pão nosso de cada dia!
ResponderEliminarBeijos.