
Os Monty Phyton (acima) são originários da nata intelectual académica britânica: dois deles formaram-se em Oxford (Michael Palin e Terry Jones, sentados) e os outros três em Cambridge (Eric Idle, John Cleese e Graham Chapman, de pé). Mas não é linear que eles considerem que essas origens os tenham ajudado na sua carreira. Segundo uma citação atribuída a Idle (à esquerda), este nunca havia descoberto as vantagens de uma educação clássica como aquela que é fornecida por qualquer daquelas duas prestigiadas universidades até à popularização do
Trivial Pursuit (abaixo) no final dos anos 80…

Embora o
Trivial Pursuit seja um jogo de um potencial suficiente para que um
poste lhe seja inteiramente dedicado (a ele voltarei no futuro...), o que agora gostaria de transmitir é minha sensação de
êxtase que será idêntica à que imagino terá
assolado Eric Idle quando ouviu as perguntas
triviais do jogo. E a causa próxima para isso foi uma notícia de jornal, saída em vários jornais diários, que justifica
semestres inteiros de Gestão Financeira, ao recorrer, por causa do conteúdo de um Relatório do Tribunal de Contas, a conceitos tão sofisticados quanto o da
Taxa Interna de Rentabilidade (
TIR)...

Daqueles conhecimentos académicos parecidos com os que Eric Idle só deu uso ao fim de muito tempo, creio que a
TIR era a taxa que igualava o
Valor Actualizado Líquido (VAL) de um projecto a zero, e que ela só se podia calcular por aproximações dado que a fórmula de cálculo do
VAL (acima) é um polinómio de grau N sendo esse N o número de anos considerados para a avaliação do projecto. Fico é com dúvidas que a Universidade onde aprendi todas essas coisas complicadas (abaixo) possa ter o mesmo prestígio e classicismo que a de Cambridge outrora deu a Eric Idle…

E porquê? Porque não consegui perceber as explicações contidas em algumas das notícias... Umas remetem
para lucros de exercícios passados, quando a
TIR se aplica à avaliação dos projectos para o futuro e outras mencionam uma
coisa chamada
Taxa Interna de rentabilidade accionista que eu não conheço. O que vale, é que estando o tal Relatório associado a mais um dos
bons negócios da Mota & Engil com o Estado, sempre posso disfarçar com uma bonita citação clássica, parafraseando Fernando Pessoa:
E mais do que isto, é Jorge Coelho, que não percebia nada de finanças, nem consta que tivesse biblioteca… 
…e que, como o Jesus Cristo
dos versos originais,
também tem a reputação de fazer milagres dispensando a educação clássica.
ai agente pede uma coisa e vem outra coisa bem nada ver neh...meu deus.......
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