08 julho 2009

DEPOIS DO DIA D

Uma das grandes verdades da História é que ela acaba por ser escrita pelos vencedores. Mas a História não decorre de ao ritmo dos gostos dos vencedores. Na História da Segunda Guerra Mundial, costuma considerar-se o desembarque da Normandia, o Dia D, a 6 de Junho de 1944, o preâmbulo da libertação de toda a Europa Ocidental.
E os episódios mais significativos dessa libertação parecem surgir de uma forma encadeada. Assim, ao desembarque dos inícios de Junho, que é narrado por O Dia Mais Longo, de Cornelius Ryan, sucede-se a libertação de Paris nos finais de Agosto, que é contada por Paris Já Está a Arder?, de Dominique Lapierre e Larry Collins.
O ritmo de sucessão dos factos foi muito diferente: durante quase dois meses, entre 6 de Junho e os princípios de Agosto de 1944, os dois Exércitos Aliados (britânico e norte-americano) permanecerem confinados à região da Baixa Normandia (17 589 km², ou seja 3% da França metropolitana) antes de conseguirem romper as compactas defesas alemãs.
Nos mapas acima pode-se ver a situação das frentes de combate a 30 de Junho e 31 de Julho de 1944. O impacto real do desembarque na França era tão pequeno que as autoridades de Vichy promoveram a 1 de Julho de 1944, para efeitos de propaganda e sob autorização alemã, uma enorme cerimónia em Paris, que se pode observar na fotografia abaixo...

1 comentário:

  1. Eu queria acrescentar: quando o dia D, o cachorro já estava morrebundo... o moral dos alemães estava lá no fundo enquanto os bolches empurravam mais e mais forte contra o Reicht. Lembro-me então daquilo que o Adolph alguma vez falou –antes de invadir a Rússia– respeito de "bater forte na porta que o edifício de tão podre iria se derrubar por conta"... e resultou errado pro Adolph!. Em fim... lendo e aprendendo. Obrigado, Chefia. Avante o blog!.

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