30 janeiro 2007

PARA QUANDO UM ESTUDO PARA AFERIR A SERIEDADE DOS ESTUDOS QUE SAEM NOS JORNAIS?



Ao ler o preâmbulo de uma notícia sobre um estudo encomendado pela Ordem dos Farmacêuticos em que se concluía – previsivelmente... - que a liberalização do sector do medicamento e das farmácias não vai diminuir os gastos com medicamentos, fica-se com a certeza da existência de estúpidos em qualquer dos pontos ao longo do circuito comunicacional, embora fique a dúvida sobre a sua localização.

A estupidez poderá estar nos clientes que encomendaram tal estudo, convictos que estudos tão descaradamente manipulados ainda são um processo válido de influenciar a opinião pública, poderá estar nos jornalistas e nos órgãos de comunicação social que divulgam os tais estudos tal qual os recebem, sem qualquer análise critica independente, ou poderá estar nos leitores que, ao fim deste tempo, ainda tomam por honestos tais trabalhos de pesquisa.

Para efectuar certos estudos é muito mais importante o conhecimento da natureza humana do que quaisquer outros aspectos do saber. Por exemplo, para responder a um estudo em que se perguntasse qual seria a probabilidade de que uma entidade qualquer publicitasse os resultados de um estudo que tivesse encomendado e onde as conclusões fossem contrárias aos seus interesses a resposta seria simples: zero.

E para chegar a essa resposta não seria necessário consultar qualquer livro de estatística… Mas será que existe alguma entidade interessada em promover e publicitar tal estudo?

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