Normalmente são os projectos astronáuticos menos merecedores, aqueles que recebem uma promoção mediática mais exagerada e absurda, se considerarmos aquilo que eles representam realmente em termos de evolução técnica. Recorde-se a esse respeito o episódio recente do primeiro turista espacial português, com a CNN Portugal a dedicar horas encadeadas de emissão a esse passeio espacial especial do seu próprio patrão... Só que tudo isso não passa de publicidade encapotada a uma nova área de negócio para pessoas mais abonadas: o turismo espacial. As agências estatais, como é o caso da NASA norte americana, andam na astronáutica para outras coisas, e a promoção que elas fazem aos seus projectos (acima e abaixo) encalha sempre nos circuitos mediáticos quando em comparação com a do turismo, vá-se lá saber porquê?! Esta publicação destina-se a chamar a atenção de quem tenha algum interesse por estes assuntos para o próximo lançamento da missão Artemis I, cujo lançamento está programado para 29 de Agosto. Trata-se dos preliminares do regresso de voos tripulados à Lua, depois de 50 anos de intervalo. Manda a verdade admitir que actualmente ainda não há certezas se haverá financiamento para que aquele regresso à Lua tenha mesmo lugar em 2024 ou talvez depois. De toda a maneira, o tema desse hipotético regresso à Lua parece-me mais pertinente do que o voo suborbital de Mário Ferreira. Como pioneiro, Neil Armstrong não era rico nem CEO de coisa nenhuma.
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