11 abril 2019

A QUEDA DE IDI AMIN


11 de Abril de 1979. Derrube de Idi Amin. O ditador do Uganda tem que abandonar de helicóptero a capital do Uganda, Kampala, quando a cidade foi conquistada pelo exército tanzaniano, que estava acompanhado de algumas unidades político-militares de exilados ugandeses, embora estas últimas apenas lá estivessem para conferir alguma aparência política de guerra civil ao que não passara de um conflito canónico entre os dois países. Mas, por aquela vez, as proclamações que se costumam fazer nestas ocasiões, de que o país vencedor não tivera ambições expansionistas quando da invasão, até se vieram a comprovar substancialmente verdadeiras pelos factos posteriores. A acção militar tanzaniana visara o afastamento de Idi Amin, ditador absoluto no Uganda e protagonista político de comportamento imprevisível.
Valha a verdade que Idi Amin era, pelo menos à escala mediática da época, muito maior do que o seu país. Tendo tomado o poder oito anos antes (1971) num golpe militar, o gigantesco e corpulento Amin (1,93!) havia-se tornado uma figura conhecida e caricata do panorama político internacional (acima) por causa do seu comportamento errático e das suas decisões intempestivas. Por detrás dessa avaliação, notava-se uma indisfarçável sobranceria dos países ocidentais em relação às condições primitivas das sociedades civis dos países africanos. Guardado estava o bocado, para que, quarenta anos mais, e agora de maneira democrática, uma figura com um retrato físico (Trump tem 1,90) e psicológico muito semelhante (só que em branco e louro...) ocupasse o poder em Washington... Veja-se abaixo que não fui o primeiro a pensar na analogia.

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