17 julho 2012

REFLEXÕES SOBRE O VALOR SOCIAL DO RIDÍCULO


Em Março passado, um antigo jogador de futebol regressou do anonimato ao protagonizar uma apresentação de uma candidatura à presidência de um clube de futebol. O vídeo (acima) com Paulo Futre e a história do chinês para o Sporting era de um ridículo… fantástico, para empregar a sua palavra luso-catelhana favorita. Porém, pobres ingénuos os que tememos pela reputação e desmoralização do desgraçado: aquilo foi apenas um momento fundador que catapultou Futre para o estrelato de aparições televisivas e inesperados contratos publicitários (abaixo).

Trata-se da mesma sociedade onde alguns pretendem agora demitir, pela força do ridículo, o dito dr. Miguel Relvas… Porém, e como se comprova acima, contrariamente ao que diz o ditado, o ridículo não mata, e, como diz um outro ditado, o que não mata engorda… Aliás, à volta da contestação a Relvas também já apareceram os seus episódios ridículos, como a convocatória da manifestação de protesto respondida por milhares, mas onde apenas meia centena compareceu, assim ao jeito do refrão dos Deolinda: Vão sem mim, que eu vou lá ter

Para que não haja equívocos: sou de opinião que, por outras razões que não as das qualificações académicas (nomeadamente o facto de ter sido apanhado a mentir ao Parlamento), Miguel Relvas já se devia ter demitido. E, já agora, também acharia piada a vê-lo com o Rui Unas e os Gato Fedorento a fazer anúncios do MEO…

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