Gostava que apreciassem o contraste como foram redigidas duas notícias recentes: a da perda do mandato de Macário Correia por sanção do Supremo Tribunal Administrativo; e a da detecção, por parte da Inspecção-Geral de Finanças, de 25 gestores de 13 entidades que não resgistaram qualquer redução salarial em 2011, ao contrário daquilo que fora determinado superiormente. Agora imagine-se que a primeira era noticiada ao estilo da segunda, afirmando-se genericamente, que um autarca perdera o mandato mas sem o nomear – não é óbvio que a notícia perderia o interesse?… Então porque será que a segunda notícia não inclui os nomes dos 25 senhores que terão achado que a crise não se aplicava ao seu caso? Porque é que não se descobre quem são? Porque é que não os vão entrevistar para que eles nos expliquem as razões de tal imunidade? Onde pára o brio profissional do jornalismo em Portugal?...
Adenda às 20H30: O assunto parece não ter sido esquecido mas continua a faltar o mais importante: os nomes dos implicados. Como no caso do Dr. Relvas, a informação sobre o assunto pode constituir uma sanção social mesmo sem que haja a correspondente sanção política - há semanas, Pedro Passos Coelho anunciou que, fosse como fosse, iria segurar Miguel Relvas...
Não sei onde pára o brio profissional dos jornalistas mas sei onde pára o melhor blog.
ResponderEliminarJá foi tempo em que os seus elogios superlativos me deixavam embaraçado e o criticava por isso, João Moutinho.
ResponderEliminarO tempo e a experiência destas coisas levam-me a confessar-lhe, penitente, que me passei a dar por satisfeito quando o comentário é inteligivel e tem relação com o que está escrito, como acontece com os seus comentários.
E agradeço-o.
A verdade é que sou um apreciador confesso do seu blog - até por encontrar na maior parte das vezes uma concordância com o que penso dos mesmo assuntos.
ResponderEliminarTenho que confessar que nunca levei muito a sério que o tivesse podido "embaraçar".
Como na maior parte das vezes passo pelo "Herdeiro de Aécio" género consulta rápida, quis-lhe mostrar aquilo que de algum a forma posso chamar de gratidão porque na maior parte das vezes aprecio sinceramente aquilo que escreve - como a forma de ridicularizar os nossos "intelectuais".