14 dezembro 2014

PROGNÓSTICOS PARA A EVOLUÇÃO DA JUSTIÇA EM PORTUGAL E OS «METRALHAS» DO PSD

O encadeamento da ocupação do espaço mediático (o escândalo dos vistosgold, a prisão de Sócrates, os depoimentos na AR do caso do BES) tem-nos feito esquecer dele, mas, como se diz no Brasil, a batata de Luís Filipe Meneses continua lá assando. Entre todos aqueles casos de elevado potencial mediático parece possível proteger (por agora) Pedro Passos Coelho, embora tenha ficado a sensação, com o caso muito mal explicado do gancho que fazia na ONG da Tecnoforma, que, com uma rasteira bem pregada, ele também pode cair. Mas, nos meus cenários de futuro para depois das eleições de 2015, e por muito que se venha a constituir um Bloco Central, a retaliação mais do que previsível do PS em relação ao que está a acontecer com José Sócrates obrigará a que o PSD tenha de imolar algumas das suas figuras no altar da justiça politizada, antes que tudo depois possa voltar a acalmar. Note-se que para essa lista já não contribuirá Duarte Lima que, num exercício alargado da famosa presunção de inocência de que tantos falam a respeito de José Sócrates, é hoje considerado quase universalmente como culpado de ter dado cabo do canastro à velha lá no Brasil. O que o PS pretenderá para a troca será outra coisa, mais do que potenciais assassinos: uma lista de meliantes condenados com pompa, numa categoria a lembrar os irmãos metralha, casos de Dias Loureiro ou de Luís Filipe Menezes (entre outros que se venham a descobrir adicionalmente por más práticas na governação deste governo¹). Num retoque de vingança fria (que ele certamente apreciará) e de humor (que ele não tem), o sempre mediático José Pacheco Pereira poderia baptizá-los em jeito de desforra de os metralhas do PSD.
¹ É que desconfio que no PS também haverá quem não se queira esquecer de Maria de Lurdes Rodrigues.

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