30 maio 2007

OS ANJINHOS

Eins, zwei, drei, vier… Então não se percebe logo que começar um genérico com esta introdução é uma referência evidente à música com que a Alemanha concorreu ao Festival da Canção de mil novecentos e sessenta e tal e que serviu de inspiração para a de abertura do nosso programa de televisão?...

Não, não se percebe e é pena que seja com argumentos destes e outros parecidos que Ricardo Araújo Pereira, mesmo que recorra à sua ironia inteligente e desarmante, pretenda desmontar as acusações de plágio que o DN lhes lançou na semana passada, num artigo que o jornal deu um destaque que na altura considerei exagerado.

Só que acontece que o efeito colateral de tanta transparência no processo de apropriação da música que se descobre afinal ser inglesa, datar do século XVI e ser do domínio público, tal qual a descreve o Ricardo, transforma o seu colega Zé Diogo Quintela, entrevistado por altura da publicação da primeira notícia, num mentecapto que aparentemente não soube esclarecer quase nenhum daqueles pormenores...

Reafirmando um poste anterior, sempre dei pouco crédito a plágios que são mais importantes pela figura do plagiador do que pela gravidade do plágio mas, tal qual Pinheiro de Azevedo não gostava de ser sequestrado (é uma coisa que me chateia, pá!...), não gosto de ser tomado por parvo e de ouvir explicações que tornam o assunto óbvio mas que já podiam ter sido prestadas logo desde o princípio… Ou será que ainda não haviam sido descobertas, ao princípio?...

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