22 abril 2006

STAR TREK

SPACE… 
THE FINAL FRONTIER…
THESE ARE THE VOYAGES OF THE STARSHIP ENTERPRISE.
HER FIVE-YEAR MISSION TO EXPLORE STRANGE NEW WORLDS,
TO SEEK OUT NEW LIFE AND NEW CIVILIZATIONS,
TO BOLDLY GO WHERE NO MAN HAS GONE BEFORE!*
E depois rompia uma música foleira, onde umas senhoras gemiam onduladamente em coro e onde o som de um par de marimbas intentava transmitir o exotismo das novas civilizações que o Capitão Kirk e companheiros iriam descobrir. Penso que a série dispensa mais apresentação. Ando, há uns tempos, a viver por interposta pessoa, uma viagem de exploração, não a novos mundos e civilizações, mas à profundidade da sociedade portuguesa transposta para as organizações de base de um grande partido político português. Os protagonistas que apareceram e as peripécias que me têm vindo a contar são de uma bizarria absolutamente digna de um episódio do saudoso Star Trek, como se a ética de conduta dentro de um partido fosse alienígena e completamente diferente da que deve reger o resto da nossa sociedade. Julgava eu que era um deficit de cidadania de todos nós que fechava os partidos políticos à sociedade. Já começo a ter mais do que impressões que os aparelhos partidários são hoje gigantescas máquinas giratórias centrífugas que repelem aceleradamente os mais ingénuos. Nas bases, secções e concelhias, eles não precisam de mais gente, e a gente normal também já percebeu que eles não têm grande coisa para lhes oferecer. Tirando o caso dos comunistas, onde este sistema organizativo esta geneticamente associado à sua formação e funcionamento, este tipo de estruturas partidárias nos outros partidos mostram-se perfeitamente caducos em relação à sociedade portuguesa actual. Um exemplo? O que é a secção concelhia do PS em Felgueiras? Quem apoiam? Sócrates ou Felgueiras? Ou Sócrates e Felgueiras? Ou só Felgueiras?...
*O espaço… A fronteira final… São as viagens da nave especial Enterprise. Na sua missão de cinco anos a explorar estranhos mundos novos, À procura de novas formas de vida e novas civilizações, A ir ousadamente aonde nenhum Homem ainda foi!

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