
Não o prova, mas as reacções da oposição mais radical, que para não terem de dizer bem da decisão, misturam o grande problema financeiro de curto prazo (a falta de liquidez nas operações interbancárias) com questões económicas que não são assim tão prioritárias: apoios (pouco concretos) para famílias e empresas, segundo o PP; reservas, alguns números e uma boa dose de demagogia*, segundo o BE; o costumeiro aumento de salários, pensões e reformas, e ainda a nacionalização do BPN, segundo o PCP.
Creio que esta Garantia terá sido a primeira medida de vulto anunciada por algum país da Zona Euro depois da reunião dos 15 países que teve hoje lugar em Paris. A razão principal para se ter que ser cauteloso quanto às expectativas das soluções que dali saíram está associado ao facto que as organizações financeiras e os próprios países estarem a esconder a informação sobre até que ponto estarão a ser afectadas pela Crise – em termos mais prosaicos: a fazer-se caixinha, é muito difícil estimar a dimensão global que poderá vir a ter o Buraco Financeiro.
* Se o BE não se esquece de referir que a Garantia prestada pelo Governo corresponde a 10% do PIB (na verdade, a 11,7%) o que, segundo eles, equivale a cinco vezes o actual deficit orçamental, esquece-se, por sua vez, de estimar ou referir a que % do PIB e a que deficit orçamental corresponderia a Garantia de todos os depósitos bancários de particulares, medida que o BE preconiza.
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