26 outubro 2008

1945 - A LIBERTAÇÃO DOS PRISIONEIROS

Entre o ambiente caótico que se vivia na Alemanha na Primavera de 1945, contava-se a questão do destino dos milhões de prisioneiros de guerra que, libertos pelo avanço dos exércitos invasores, mostravam o maior interesse a partir daí em se juntarem o mais cedo possível às suas famílias nos seus países de origem. Havia-os de quase todas as nacionalidades que a Europa contêm e ainda norte-americanos, canadianos, australianos, neozelandeses, sul-africanos, indianos, etc. Mas mesmo nesses momentos, nas fotografias para a ocasião, já aparecia sugerido o embrião daquilo que viria a ser a Guerra-Fria.
Acima podemos ver uma fotografia de prisioneiros franceses de um campo designado por Stalag XIIB, localizado em Frankenthal, na Alemanha Ocidental (no Estado actual da Renânia-Palatinado), que haviam sido libertados por unidades do VII Exército norte-americano, do General Patch. Abaixo podemos ver outra fotografia de outros prisioneiros franceses, esses libertados do Stalag IID, localizado em Stargard na Pomerânia (que hoje se chama Szczeciński e fica na Polónia). De punho cerrado, ali os libertadores haviam sido unidades soviéticas pertencentes à 2ª Frente da Bielorrússia do Marechal Rokossovsky

2 comentários:

  1. O meu pai esteve prisioneiro de guerra, o campo encontrou - se em qualquer parte de polónia contemporânea. As circunstâncias da vida eram extremamente duras, contudo o meu pai tinha sorte de ser belga e não um polaco ou um russo para que eles fossem tratados como bicharias pelos alemães. Os pacotes de cruz vermelha aliviavam a fome e o frio, contudo, aqueles pacotes eram somente reservados para os prisioneiros ocidentais. Depois de algum período de prisioneiro o meu pai obteria a permissão para voltar a casa (este documento ainda tenho no meu posse) porém tinha de apresentar se às autoridades alemães para ir trabalhar obrigatoriamente em Hamburgo. Além, tem de sofrer os bombardeamentos dos aliados. Felizmente o meu pai voltou são e salvo para casa.
    Cumprimentos de Antuérpia.

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  2. O caso do seu pai, alfacinha, é típico da dificuldade que houve em classificar o estatuto em que os milhões de estrangeiros que estavam na Alemanha em 1945 se podiam classificar.

    Havia os prisioneiros de guerra clássicos (como parece ter sido o caso do seu pai, inicialmente), havia os trabalhadores voluntários, havia os trabalhadores compelidos (como parece que passou a ser o estatuto do seu pai) e havia os destinados ao extermínio nos campos de concentração (como os judeus húngaros, romenos, gregos, etc.).

    Quanto às vítimas dos bombardeamentos que estavam do mesmo lado das tripulações dos bombardeiros... creio que algumas das vítimas de Hiroxima eram australianas, britânicas e norte-americanas...

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