17 outubro 2008

JAWOHL, MEIN ADMIRAL*

Por ocasião do Golpe de 1964 no Brasil que depois veio a levar à instituição do Regime da Ditadura Militar (1964-1985), o núcleo do poder de facto pertenceu inicialmente a uma Junta constituída pelos ministros militares do governo. Entre os três (Exército, Marinha e Força Aérea) contava-se o Almirante (acima, ao centro), que tinha um nome muito improvável para um brasileiro: chamava-se Augusto Hamann Rademaker Grünewald (1905-1985) e chegou a ser o Vice-Presidente do Brasil entre 1969 e 1974.
Apesar do nome, o que consta da sua biografia faz dele um genuíno brasileiro carioca e não, como se poderia deduzir daquele nome, algum oficial da Kriegsmarine que houvesse desembarcado clandestinamente do seu U-Boot (submarino) nas costas brasileiras por ocasião da derrota de 1945. Talvez como prova de tranquilidade, a Marinha brasileira resolveu baptizar em 1996 uma Fragata com o nome de Rademaker (abaixo), porque o outro apelido era demasiado agressivo de pronunciar para gargantas não-germânicas…
* Sim, meu Almirante. Contudo, em alemão, jawohl é mais do que um sim, é uma resposta concordante a uma ordem recebida.

5 comentários:

  1. Bem podiam ter tirado o "o" ao Augusto e tudo ficava muito mais germânico.

    ResponderEliminar
  2. Nós por aqui também deixámos que se tirasse o segundo n ao "Hermann José" para que ele ficasse menos teutónico.

    ResponderEliminar
  3. Já estava com saudades de ler estas coisas que ninguém sabe e que tu vais desencantar não sei aonde.
    beijos

    ResponderEliminar
  4. Concordo com a donagata. "Desencanta" cada coisa que...encanta!
    :)

    ResponderEliminar
  5. Excepcional blogue, de dar orgulho a cyber-lusofonia! Linkei-o no meu próprio!

    ResponderEliminar