1 de Julho de 2014. O quase recém nascido Observador ainda anda à procura de nomes de colunistas que o projectem. E então desencantaram este João Marques de Almeida. Nem vale a pena desancá-lo. Basta que o leitor leia o que ele há precisamente dez anos antecipava que aconteceria com a candidatura presidencial de Marcelo Rebelo de Sousa. Ou então aquilo que, noutro rasgo de presciência, nem duas semanas depois, augurava para o futuro do Bloco de Esquerda (abaixo). Mas o que eu considero verdadeiramente prodigioso, não é apenas, nem sobretudo, João Marques de Almeida ter escrito estes disparates há dez anos e ter saído impune. O prodígio é ele ter continuado a escrever aleivosias deste mesmo género, e o Observador ter continuado a dar-lhe palco por dez anos a fio. Ainda lá continua. Entre a colecção de disparates que tem escrito mais recentemente, destaco, mais pelo impacto imediato dos títulos do que pelos conteúdos: Miguel Morgado para o Parlamento Europeu (não foi sequer escolhido) ou então O Chega ajuda a democracia portuguesa (tem-se visto a ajuda que o governo da AD tem recebido do Chega!). O que é misterioso nestes casos não é a existência destes medíocres, são os processos misteriosos que os fazem subsistir com esta projecção por anos a fio.
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