Dando uma vista de olhos à página do Google Notícias deparamo-nos com as reacções à entrevista dada ontem à noite pela procuradora Lucília Gago à RTP. Entre as reacções em destaque, uma que se afigura assaz razoável, muito do senso comum, criticando aquilo que de mais embaraçoso ela ontem disse - a ausência de qualquer contrição pelos erros cometidos pelo ministério público durante algumas destas últimas investigações mais mediatizadas. «PGR "deve ser responsabilizada quando comete erros flagrantes"» É só pena que, naquela página, a opinião não venha acompanhada da identificação do autor... Accionada a conexão para a página original, descobre-se que afinal o autor é o «hacker português Rui Pinto» e que a opinião foi repescada de um tweet que ele publicou... A sério? Lá no Notícias ao Minuto não encontraram mais ninguém que exprimisse aquela mesma ideia? Outras pessoas que não tivessem sido condenadas a quatro anos de prisão com pena suspensa? Pessoas que tivessem o cadastro limpo, por exemplo? Há por aí uma grande confusão entre os jornalistas, quando se decidem a dar destaque à opinião de pessoas só porque elas são conhecidas, quando o que acontece é que as razões pelas quais elas são conhecidas são precisamente as razões que desqualificam as opiniões que elas possam ter.
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