07 março 2019

QUANDO O POVO SE AFIRMA, JÁ NÃO É PARA FAZER REVOLUÇÕES


Alguém me chamou a atenção para este vídeo, bem recente, da Porta dos Fundos. Desmanchamo-nos a rir com a cena. Muito bem montada, num ritmo crescente de acontecimentos cada vez mais disparatados, revela-se, numa primeira leitura, uma paródia à atitude patronal moderna de tentar enrolar os seus empregados, rebaptizando-os de colaboradores e complementado a cenografia (que tantas vezes se pretende substituta de remunerações mais adequadas...) por outras acessoriedades, como festas de empresa e iniciativas correlativas, uma apreciável parte delas denominadas em inglês, para lhes conferir mais seriedade (já ouviu falar, por exemplo, de team buildings?...). Pois bem, há um certo prazer perverso em ver a iniciativa de festejar o Carnaval na empresa, acolhida a princípio com tanta relutância, numa desbunda de que a hierarquia perdeu totalmente o controle. Funciona também como uma daquelas parábolas (bíblicas) dos tempos modernos, ensinando que não vale o risco de perguntar aos britânicos se eles querem sair da União Europeia, ou então apresentar candidatos como Trump ou Bolsonaro a eleições presidenciais...

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