16 março 2019

A RESSONÂNCIA E A ACÚSTICA DAS NOTÍCIAS

Já não há censura, mas os dias que correm são tempos em que há umas notícias que são mais iguais que outras (para parafrasear Orwell noutro contexto). Mesmo que as umas sejam o reverso das outras. Tome-se este bem recente exemplo, de como foi amplificadamente noticiada a ruptura dos grupos de saúde privados com o Estado, colocando-os a falar grosso e exigentes, e da discrição desta semana como foi noticiada a reversão da atitude desses mesmos grupos económicos. As três primeiras notícias versus as duas últimas, separadas apenas por um mês. Felizmente e no computo global, parece que se estará a caminho de um acordo mas, comprovadamente, saúde exclusivamente privada em Portugal, como actividade económica independente do Estado: esqueçam lá isso. Sem o Estado a bancar, os privados fecham as portas. O que a CUF e a Luz Saúde escusavam é de ter andado para aí, na comunicação social, armados em marialvas (com a cumplicidade do jornalismo do costume). Já que o óbvio é óbvio: «A ADSE tem uma grande arrogância na negociação»

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