18 julho 2017

A PERFEIÇÃO

18 de Julho de 1976. Nas competições de ginástica feminina dos Jogos Olímpicos que se estavam a disputar em Montreal no Canadá, e por uma primeira vez há uma ginasta que alcança a pontuação máxima possível num exercício (de paralelas assimétricas): 10 pontos, a perfeição. O feito foi alcançado por uma atleta romena de 14 anos, Nadia Comăneci. Embora muito mais conhecida pela sua vertente desportiva, a ocasião foi também um momento de afirmação da superioridade da inteligência humana sobre a máquina: como os marcadores que afixavam os resultados só haviam sido concebidos para um algarismo seguido das centésimas, o comissário responsável teve que improvisar aquando da afixação da nota. O resultado pode apreciar-se na fotografia acima: 1,00, aparentemente uma nota miserável e injusta para a prestação da jovem romena que terá causado alguma perplexidade inicial na assistência, até à compreensão do que se tratava e ao romper dos aplausos e aos encómios dos comentadores televisivos. Nem todos os humanos chegaram lá sozinhos mas um computador é que nunca teria lá chegado...

A posterior alteração das regras de pontuação dos jurados, com critérios mais exigentes, tornou estas notas mais difíceis de repetir. A perfeição também é um conceito relativo...

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