15 fevereiro 2010

SOBRE AQUILO QUE ALEXANDRE RELVAS POSSA PENSAR

Há quase 30 anos atrás, fiquei com muito boa impressão de Alexandre Relvas. Como Assistente, e ao contrário de alguns dos seus colegas da altura (estou-me a lembrar, nomeadamente, de António de Sousa) era pessoa para entremear as suas explicações teóricas falando de casos concretos mas também dos fiascos que, muitas vezes, se escondiam por detrás da doutrina… Mas, por muito interessante que pessoalmente ele seja, e apesar de ser uma das poucas pessoas (conjuntamente com Rui Rio) que, se viesse a dirigir o PSD, me faria olhar para o partido de outra maneira, não me parece pessoa para já ter adquirido nele um peso baronial que as suas opiniões mereçam o relevo jornalístico que lhe está a ser dado

De facto, num partido que nunca foi muito dado a pensadores e num país não muito dado a destacar quem pensa, não conferirá estatuto de senioridade presidir ao Instituto Francisco Sá Carneiro como acontece com Relvas. A não ser que se suponha que ele não tem opiniões e/ou que as opiniões que ele exprima sejam as expressões camufladas das opiniões de outrem que as não pode exprimir... Se for isso e se for isso, ou seja, se Alexandre Relvas falar por Cavaco Silva e se este não desejar que o clã que está por detrás de Pedro Passos Coelho domine o PSD quando apela à fusão das duas candidaturas adversárias, então, com a recusa de Rangel, também deste lado vamos ter muita animação política nos próximos tempos…

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