16 outubro 2009

VASCO´S CHRONICLES IN WONDERLAND

Na crónica de Vasco Pulido Valente de hoje do Público vem uma explicação a puxar assim ao sociológico, com a história de como se terá constituído o poder autárquico em Portugal depois do 25 de Abril, creio que não muito de acordo com o aconteceu, mas muito mais como Vasco Pulido Valente acha que podia ter acontecido: A história do domínio do PS e do PS (e, a sul do Tejo, também do PC) começa no PREC com o assalto às câmaras municipais dos partidos que estavam no governo. (…) Quem “entrou” nessa altura, nunca mais saiu. (…) O CDS, excluído da partilha original, e os partidos, como o Bloco, que vieram depois ficaram sem influência, nem dinheiro.
Há 5 dias tinha saído no mesmo Público uma breve história das eleições autárquicas desde 1976. Nas eleições autárquicas de 1976 (a tal partilha original), PS e PPD ganharam 115 câmaras cada, o PC ficou com 37 e ao excluído CDS couberam 36… Só por curiosidade, o excluído recebeu 16,61% da votação. Ou foi muita exclusão ou então as causas terão sido outras que não as apontadas por Vasco Pulido Valente. E já que se pede tanto da ERC porque não se pode fazê-la obrigar a que estas crónicas mirabolantes do Vasco possuam uma nota de rodapé? Esta é uma crónica de opinião baseada em argumentos que a possam sustentar – podem ser factos reais ou ficções do autor...

3 comentários:

  1. Gostaria de informar quem aqui inseriu uma espécie de spot promocional ao seu blogue que o apaguei. Contudo, há-de reparar que tive o cuidado de o inserir nas minhas ligações, retribuindo-lhe a atenção que, agora notei, tivera para com o “Herdeiro de Aécio”.

    Mas aqui, trata-se de uma caixa destinada a comentários, referentes ao conteúdo dos postes, como já teve oportunidade de constatar anteriormente.

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  2. Essa da "exclusão do CDS" também me saltou À vista. E o artigo do público até tem alguns erros (como dizer que a câmara conquistada pelo PPM em 1997 era a de Ribeira de Pena, quando na realidade se tratava de Penalva do Castelo, num caso que ficou conhecido), mas nesses números está correcta, como se comprovarpelos números dados disponíveis. aliás esse partido já dominou capitais de distrito como Aveiro, Viseu, Leiria e Bragança.
    O que VPV podia dizer é que gradualmente o CDS perdeu quase todas as câmaras ou por desleixo das suas bases locais e por apostar mais em eleições nacionais, ou porque não mais conseguiu arranjar gente com notoriedade para ganhar, ou, aí sim, porque muitos dos seus autarcas se passaram para o PSD e até para o PS persuadidos de que teriam assim mais acesso ao poder e mais benesses. Quanto aos partidos "supervinientes", como o Bloco ou o PRD, aceita-se a explicação de que dificlmente podeiam furar o mapa autárquico. Só que Pulido Valente optou por escrever o que lhe veio à cabeça fiado apenas nas suas memórias, e como tantas vezes acontece, estragou boa parte da análise.

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  3. A verdade é que errar por nos fiarmos na memória acontece-nos a todos. Já me aconteceu, como o João Pedro se recordará. Suponho que já lhe tenha acontecido a si.
    Mas não há grande coisa a fazer, porque se trata normalmente de erros que são factuais, portanto indesmentíveis.

    Mas o que torna Vasco Pulido Valente censurável é:

    a) A frequência inaceitável com que isso lhe acontece
    b) A sobranceria e imodéstia com que reage quando acontece.

    A nossa especulação pode ser: se é isto com erros destes, o que não será com os outros?

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