31 maio 2009

UM PEQUENO APONTAMENTO DE ZOOLOGIA POLÍTICA EM ECOSISTEMAS FECHADOS

Há pessoas na vida política que apenas têm a culpa das suas fraquezas, das suas ambições e da sua estupidez que os faz aceitar cargos que podem marcar de forma indelével a sua imagem. Será o caso de Vitalino Canas (acima), o actual porta-voz da maioria governamental, que desgasta a cara – particularidade da sua pessoa onde não é particularmente dotado… – dando-a para compor as argoladas em que o governo se vai metendo. Na anterior encarnação, o lugar calhara a Guilherme Silva que saiu de funções muito maltratado, descredibilizado mesmo.
Mas esses são os fracos, os idealistas ou os conformados que aceitam um cargo político que vai levar a sua carreira para um beco sem saída. Mas, nessa vida desgastante do dá e leva político, há quem pareça ser um praticante por gosto, especialmente contra os próprios correligionários, como me parece acontecer a José Lello (acima). Ele já aconteceu com Ana Gomes, depois com Manuel Alegre, agora foi com Maria de Belém. Como um dragão de Komodo, quase se adivinha o salivar de gozo de Lello perante a perspectiva de mais uma altercação com mais um camarada de partido…
Reforçando a analogia, os dragões de Komodo vivem na ilha do mesmo nome (com 390 km² e 2.000 habitantes, no arquipélago da Indonésia), que é considerado um ecosistema bastante fechado (que é, de resto, o que também acontece com a direcção do Partido Socialista...), e os animais são não só necrófagos, como também ocasionalmente se alimentam de animais da sua própria espécie. A sua baba é venenosa. Como se pode observar na fotografia acima, e como talvez aconteça com a reputação de José Lello, os dragões têm um perfil particularmente pouco simpático

5 comentários:

  1. Absolutamente excepcional!

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  2. Excelente, merece 19,9 valores!
    Só não lhe dou 20, porque o Lello não é dragão é "boavisteiro", provavelmente, o único que não baixou de divisão, porque o árbitro o continua a proteger.

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  3. faço minhas as palavras da Sofia.

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  4. Preciosas lembranças. A Guilherme Silva coube o papel de "o último a saber" quando afirmou que não acreditava que Durão Barroso abandonasse o governo para ir para a CE...o que veio a acontecer horas depois.

    Lello deve andar a fazer concorrência a Santos Silva a expelir veneno, e incrivelmente parece saír-se melhor na sua função que o "malhador".

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