10 maio 2009

FÉRIAS NO ESTRANGEIRO – 1

A música Capri, c'est fini foi um sucesso internacional do Verão de 1965 na interpretação de Hervé Vilard. Não há muito que eu possa dizer dela dessa altura, a não ser o facto de a trautear adulterando infantilmente o refrão de Capri, c'est fini para Capri, Safani… Mas creio que, mesmo essa nostalgia escassa, legitima um poste, ainda para mais provocado por um clip de época daquele sucesso que descobri há pouco no Youtube e que é inenarrável:

Ao contrário do que sugere o clip, onde a rapariga tende a confundir-se com a paisagem, a letra da canção dá-lhe muita importância, pois foi ela que deu a tampa ao desolado Hervé que assim se lamenta. Mas há na letra um pormenor de interesse sociológico: a tragédia romântica dera-se em Capri, uma ilha que é um destino turístico tradicional de Verão, mas na Itália… Relativa novidade em 1965, já havia franceses que podiam passar férias no estrangeiro…

4 comentários:

  1. Parece-me impossível que tenha adulterado o refrão de Capri, c'est fini para Capri, Safani… A não ser que "infantilmente" queira dizer "de propósito".

    :))))

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  2. Eram cuidados de interpretação muito precoces...

    Talvez porque, não sabendo ainda francês mas tentando reproduzir já a emoção dada pelo intérprete, tivesse ido buscar o "Safani" como a hipotética palavra que mais se assemelhasse a sua atitude.

    Enfim, sempre podia soar como uma "homófona" - em "francês", claro! - de safanão, não acha Maria do Sol?

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  3. Quem diria que os netos desses felizardos, correm o risco de, por força da crise, não ir além de unns banhos de sol e de uns mergulhos no Sena

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  4. Snif, Snif... Isto parece a TV Nostalgia. Saudades de ouvir isto já em franca adolescência na aparelhagem de som que o concessionário da praia "Viúva de Alberto Teixeira", na Circunvalação (desculpa, Circumbalçon)nos disponibilizava, enquanto nos pavoneávamos,trauteando a dita letra, sem adulterações, em frente aos rapazinhos mais ajeitadinhos que por lá havia. Tudo com imensa discrição que se traduzia em passarmos repetidamente por uma fila de barracas que ficava ainda longe da nossa, sem qualquer outro propósito que não fosse o de soltar umas gargalhada sonantes, abanar a cabeça para trás soltando voluptuosamente (não vale rir, tinha para aí 13 ou 14 anos, tá?)os cabelos e ondulando as ancas daquela forma que víamos a Brigitte Bardot.

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