14 janeiro 2019

O INCÊNDIO NO PORTA AVIÕES ENTERPRISE


14 de Janeiro de 1969. O enorme porta-aviões norte-americano USS Enterprise (342 metros e 95.000 toneladas de deslocamento) navegava a umas 70 milhas a sudoeste de Pearl Harbor nas ilhas Hawaii quando, pelas 08H18, um míssil instalado sob a asa de um F-4 Phanton estacionado explodiu, desencadeando por sua vez um incêndio e uma cadeia de explosões de outros misseis e também de bombas instaladas nos aviões estacionados adjacentes. Ainda para mais a dantesca cena era ampliada pelo vigoroso incêndio que se alimentava dos depósitos de combustível de aviação. No total, deram-se dezoito explosões, ao longo das quatro horas que o incêndio durou até conseguir ser dominado. Morreram 28 membros da tripulação, 314 ficaram feridos, 15 aviões foram destruídos, a reparação dos estragos montou a uns 126 milhões de dólares (da época). Este tipo de acidentes eram raros, mas mais frequentes do que se possa pensar. Ainda um ano e meio antes acontecera algo de semelhante no USS Forrestal (já referido no Herdeiro de Aécio) e este género de acidentes haviam sido objecto de um cuidado esforço de prevenção por parte da US Navy. Uma das medidas de segurança entretanto implementadas fora a instalação de câmaras de TV nos conveses dos porta-aviões para que as imagens não só facilitassem a investigação das causas dos acidentes como também para aprender com elas como combater mais eficazmente os incêndios. Com resultados: no Forrestal haviam morrido 134 marinheiros, aqui apenas 20% disso, o incêndio havia demorado 24 horas a ser dominado, aqui apenas 4 horas. E com consequências práticas na operacionalidade dos navios: o USS Forrestal perdera oito meses em reparações, o USS Enterprise perderá apenas dois. Mas a outra consequência da instalação dessas longínquas percursoras de CCTV é a obtenção das imagens arrepiantes que se podem apreciar no vídeo acima.

Sem comentários:

Enviar um comentário