22 janeiro 2016

AS CALÇAS QUE MARCELO PUSERA A SECAR E A MANDATÁRIA QUE, APRESENTADA COMO TAL, AFINAL NÃO O É

Na biografia de Marcelo Rebelo de Sousa de Vítor Matos pode ler-se uma história engraçadíssima a seu respeito, numa ocasião em que algo acontecera às suas calças que, molhadas, precisaram de ser postas a secar, enquanto se aproximava a hora de uma audiência com o embaixador do Irão que o visitava na sede do PSD enquanto presidente do partido (estou a sintetizar de memória). Temos então a cena de um Marcelo em cuecas no seu gabinete enquanto se buscavam soluções alternativas para o evento que não poderia decorrer com o presidente naqueles propósitos. A começar pela proposta mais imediata (e, com celeridade, recusada) de que o secretário (José Luís Arnaut) cedesse patrioticamente as suas calças ao chefe. Perante a recusa obstinada de Arnaut, a situação acabou sendo ultrapassada com Marcelo a receber o embaixador acantonado por detrás da sua secretária que lhe escondia as pernas nuas e com um embaixador iraniano previamente brifado que, devido a umas obscuras regras protocolares (recém inventadas), o presidente do PSD em circunstância alguma se levantava da sua secretária quando de audiências como a que iria ter lugar...
Se esta deliciosa história me retornou recentemente à memória foi por causa do episódio da mandatária da sua campanha, uma mandatária nova (29 anos), desconhecida e expatriada chamada Maria Pereira, aqui acima apresentada por Marcelo quando da inauguração da sede da campanha, que teve o seu momento de (in)visibilidade quando não apareceu num debate que uma televisão organizou com os vários mandatários nacionais. O episódio fez-me lembrar as calças de Marcelo porque vim a descobrir que a mandatária... afinal não é a mandatária. O mandatário é outro (Fernando Manuel Cardoso da Fonseca Santos) conforme se comprova pelo mapa da Comissão Nacional de Eleições (CNE). Não é grave, mas é Marcelo em todo o seu esplendor - É proibido! Mas pode-se fazer! O que eu tenho pena é como o bloco da comunicação social terá deixado escapar o pormenor (ao contrário das redes sociais), numa indicação da sua incompetência para acompanhar as futuras tropelias do próximo inquilino do Palácio de Belém, que serão decerto capazes de gerar cenas cómicas em lugares respeitáveis verdadeiramente dignas dos filmes do irmãos Marx.

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