17 janeiro 2016

A FEITURA DA OPINIÃO

(Paulo Baldaia, 22 de Setembro de 2015 sobre as eleições de 4 de Outubro...)
Por ocasião da sua recente saída da direcção da TSF Paulo Baldaia informa-nos que continuará «a ser jornalista no grupo Global Media» e que continuará «a fazer opinião na TSF, no DN e na SIC-Notícias». Algures durante estes últimos anos e quiçá por influência da língua inglesa (onde se consagrou a expressão opinion maker), alguns jornalistas da geração de Baldaia convenceram-se de que são uma elite, deixaram de formar a opinião para passar a fazê-la. Azar o deles que isso tivesse acontecido numa época em que, com a internet, a opinião publicada deixou de ser um exclusivo da classe. Porque, no meio deste seu pedantismo despropositado, nem se incomodam a aperceberem-se pelas caixas de comentários que conceito é que essa nova opinião publicada tem formado sobre a opinião que estes convencidos jornalistas fazem.

2 comentários:

  1. Como se prova pelo número de comentadores jornalistas nos media, estão mesmo convencidos de que fazem, no sentido de condicionam, a opinião pública. Infelizmente muitas vezes conseguem, mas menos do que pensam. A verdade é que nos tempos que correm não se pode confiar no que se ouve e lê: deixou de haver apresentação de factos para passarmos a ter interpretação dos mesmos, notícias que não se divulgam ou escondem, outras que se repetem à exaustão. Um bom exemplo são os painéis de comentadores que nos explicam o que acabámos de ouvir nos debates e entrevistas.

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  2. ...como é exemplo a campanha presidencial em curso. Durante uma semana cria-se a impressão que ela está a ser renhidamente disputada - mas sem sondagens... - até que no fim de semana aparece a primeira - que nos mostra afinal que a vantagem de Marcelo se mantém ampla, senão mesmo ampliada...

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