
O
Rio Mekong, cujo percurso aparece no mapa acima, é o curso de água dominante do Sudeste Asiático. Como costuma acontecer nestes casos, os dados sobre a sua extensão variam significativamente consoante as fontes: desde 4.184 km até 4.880 km. Mas não existem discrepâncias quanto às características extremamente acidentadas das regiões que o Rio atravessa até meio do percurso, como se pode verificar pela pequenez da área coberta pela sua bacia hidrográfica (assinalada acima a amarelo). É quando atinge o próprio Sudeste Asiático que a influência do Mekong mais se manifesta.

Um dos países do Sudeste Asiático atravessado pelo Mekong é o Camboja e um dos símbolos do Camboja, para além de
Angkor Wat e do
genocídio perpetrado pelos
Khmers vermelhos, é um lago que aparece no mapa acima no centro e que tem o nome de
Tonlé Sap. Ora, um aspecto
bizarro é que a representação daquele lago nos mapas do Camboja costuma resultar de um compromisso entre a área que ele ocupa na estação seca (cerca de 2.700 km²) e na estação das chuvas, quando aumenta por 6 vezes de área (para 16.000 km²), naquilo que corresponderá a um volume de água 70 vezes superior…

Na realidade, o Lago de Tonlé Sap funciona como uma espécie de
válvula de segurança que armazena os excessos de água resultantes das chuvas e do degelo que o Mekong e o seu delta (abaixo) não estão momentaneamente em condições de despejar no Mar, um fenómeno que se repete anualmente. Isto faz com que o Rio Tonlé Sap (acima), que liga o Lago do mesmo nome ao Mekong, corra uma parte do ano de Sul para Norte, enquanto há água em excesso no Mekong e o Lago se está a encher, e o resto do tempo (de Novembro a Maio) o faça no sentido inverso, realimentando o Mekong...
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