Das minhas leituras da história tenho que destacar dois períodos de duas civilizações completamente distintas que me deixaram completamente tonto porque não conseguia (e não consigo…) acompanhar com fluidez a sucessão dos acontecimentos. O primeiro período é o das cruzadas no Próximo Oriente medieval, especialmente a fase do contra-ataque dos soberanos muçulmanos locais (finais do Século XII), onde se destacam as acções de Saladino, que reconquistou Jerusalém dos cruzados ocidentais em 1187.

É preciso esclarecer que Saladino se chamava, numa transliteração mais correcta do seu nome,
Ṣalāh ad-Dīn. O problema é que
Ṣalāh ad-Dīn era filho de
Najm ad-Dīn e sobrinho de
Asad ad-Dīn e ao longo da vida teve uma data de rivais e aliados (alguns deles seus parentes…) com os nomes de
Nūr ad-Dīn,
´Imād ad-Dīn,
Mu'in ad-Dīn,
Sayf al-Dīn,
´Adud al-Dīn, ´
Izz al-Dīn, etc., o que transformou a minha leitura da sua biografia no
livro acima num verdadeiro
calvário só para conseguir identificar quem era quem…

Um outro
drama é o período da Revolução Francesa, a partir da altura em que é adoptado o
calendário republicano(*). Aqui, a
tortura é a de saber
quando, porque os meses passam a designar-se por nomes como
Vindimiário,
Ventoso,
Florial ou
Termidor... E o
quando é muito importante numa época revolucionária como aquela, em que o vencedor deste mês podia ser o vencido do próximo:
Robespierre venceu
Danton, executado no 16
Germinal Ano II
(**), para ser derrubado (e executado) três meses depois no 9
Termidor (**).
(*) Por coincidência hoje (22 de Setembro de 2009) começa um novo ano republicano: é o dia 1 do Vindimiário do Ano CCXVIII.
(**) 5 de Abril e 27 de Julho de 1794, respectivamente.
A única desvantagem deste blog é permitir-nos desvendar a nossa ignorância.
ResponderEliminarvamos ver como se safa a Joana Dias se lhe questionarem sobre o calendário republicano.
Estará a referir-se à Joana Amaral Dias, presumo, João Moutinho.
ResponderEliminarO que me escapa é a razão porque a questionarão sobre o calendário republicano...
Ela é assim TÃO republicana?... Olhe que o Louçã, apesar do que diz, é um ex-beato.