![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGP3jZKAludOth7p3Ws-EAcvE0M_wdv8gnomnmeHMB_ft9q9atK06TO3czubIX3NvQvfu1XZp8OuDo8JoV8isyZELJHmEs1Xq9bWJV7uXOKxnC5FYgjDMwX-cFcjb_UzQBuFp9/s400/25AbrilPanhard.jpg)
Já há 35 anos, qualquer acontecimento, para ser importante em termos informativos, tinha que ter imagens. E então se esse acontecimento fosse um Golpe Militar num país ocidental e da NATO mais essas imagens – boas imagens! – eram prementes. Contudo, a passividade de dois dos ramos das Forças Armadas (a Armada e a Força Aérea) durante a maior parte do Golpe (abaixo, uma fragata no Tejo junto ao Terreiro do Paço) fizeram com que as melhores fotografias com
gadgets do 25 de Abril viessem a ser as com blindados.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtB8nDNp7bJq44SeDc7ev9nOijU40mbAu8-rx7Eham4LytTpfqFGWnn7QyW7StAEGduCkQpy_xrpWKriF-uS0w6c_8wDRtpjPGL0jc5OI7sQjmQci9Z8_Fw0I_7G9xwEKeTunW/s400/25AbrilFragata.jpg)
Terá sido assim por causa do seu equipamento mecanizado que as unidades e os militares da Arma de Cavalaria acabaram por adquirir uma visibilidade desproporcionada em relação ao conjunto dos acontecimentos que tiveram lugar a 25 de Abril
(*), factor que tanto se aplica para a
boa imagem, protagonizada pela actuação da coluna da Escola Prática de Cavalaria, como para a
má imagem, fazendo dos esquadrões do Regimento de Cavalaria 7 os últimos
pretorianos que pareceram dispostos a defender o regime que então se desmoronava.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQpNA1uGJtc5GXkCtgzi8NljLAfXQgUAYbE9tFMA5n015xXxKFiFmaGIEX3Sw6ZSR4bIK7JcspRyyvWn7XFb2CcZA9wm-UorHvzc8rhgPr9OHyMLf06JFjg9bN0BkTdxbd8LVb/s400/25AbrilChaimite.jpg)
Agora observe-se a fotografia abaixo, tirada pouco antes do meio-dia na Avenida Ribeira das Naus, com dois carros de combate M-47 de Cavalaria 7 ao fundo e com o Capitão Salgueiro Maia (no centro do quinteto mais próximo) conferenciando com o oficial comandante da força atacante, o Tenente-Coronel Ferrand de Almeida (à direita). E observe-se como, dos quatro oficiais de Cavalaria fardados, Maia foi o único deles que não partiu para fazer uma Revolução, nem para defender um Regime, calçando as anacrónicas botas de montar com
esporins…
(*) Não havia nenhum oficial de Cavalaria no PC da Pontinha, por exemplo.
As fotografias acima são de Alfredo Cunha.
Sem comentários:
Enviar um comentário