15 outubro 2007

A ÚNICA DECISÃO RAZOÁVEL... de Mike Hammer

Numa das suas histórias, o escritor de policiais negros Mickey Spillane colocou o seu herói, Mike Hammer, numa situação em que o colocara cercado, dentro de uma casa isolada e rodeado de inimigos dispostos a matá-lo, e fazendo-o reagir de uma forma imprevisivelmente absurda, como nunca mais esqueci: … ao ver-me cercado, tive de reagir da única maneira que me pareceu razoável: incendiei a casa…
Luís Filipe Menezes deve ter um conceito de razoabilidade muito parecido com o de Mike Hammer, quando apresentou neste fim de semana como solução séria para a solução dos problemas nacionais uma nova Constituição... Está certo. Quase todos sabemos como o cerne dos verdadeiros problemas nacionais se fundam nas deficiências da nossa legislação, a começar pelo seu documento principal, já revisto por 6 ou 7 vezes nos últimos 30 anos…
Ao menos, retira-se desta esperiência, mesmo para um cidadão bacteriologicamente puro, daqueles que nunca ouvira falar de Luís Filipe Menezes, uma daquelas preciosidades ideais para fazerem parte de um júri nos julgamentos de tradição jurídica anglo-saxónica que costumam aparecer nos filmes que passam na televisão, fica já a saber com o que pode contar do novo líder do PSD: se for para produzir espavento, ele encontra a solução razoável, incendeia mesmo a casa

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