
Durante os decénios iniciais da União Soviética tornou-se obrigatório gostar de Stalin, houve um
intermezzo (1956-1964) em que era
obrigatório detestá-lo, concluindo-se por decénios onde foi preferível nem o mencionar – a chamada
omissão dialéctica – para evitar os desenvolvimentos inconvenientes que envolvessem ter de emitir opiniões sobre a sua obra e o seu legado… Paradoxalmente, só a partir do fim da União Soviética é que os genuínos admiradores de Stalin se puderam exprimir em liberdade – embora nem sempre num ambiente de verdadeira
tolerância democrática pelo que se vê acima…

As fotografias foram obtidas pelo norte-americano
Lucian Perkins na década de 1990 na Praça Vermelha em Moscovo, em comícios promovidos pelo
Partido Comunista da Federação Russa, cujo presidente
Guennadi Ziuganov ainda recentemente (em Dezembro de 2010) apelou, numa
carta aberta endereçada ao Presidente Medvedev da Rússia,
à reestalinização da sociedade soviética. Trata-se de gente que combina uma
nostalgia pelo passado tão
cega como a do
Tenente-Coronel Brandão Ferreira com uma
fidelidade ao marxismo-leninismo tão
canina como a de um
dos militantes da velha guarda…

É de gente com esta
consistência ideológica que se sente a falta na
Festa do Avante!...
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