Ainda a propósito da actividade
especializada do
poste anterior, daquilo a que ela costuma dar importância e das terminologias que costuma empregar, lembrei-me de ir buscar um desenho de
Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro, publicado no jornal
A Paródia em Maio de 1905 (abaixo), onde aparecem os dois dirigentes dos principais partidos da época (o regenerador
Hintze Ribeiro, do lado esquerdo, e o progressista
José Luciano de Castro, então no poder) incomodados com
as verrugas das suas respectivas alas dissidentes.

Como se pode ler no desenho, já então em 1905 se criara a tendência para designar as facções pelo nome do seu chefe, como se o chefe fosse um ideólogo e de uma ideologia se tratasse. Usavam-se as expressões
franquismo ou
alpoinismo, como se empregaram muito tempo depois
soarismo e
cavaquismo, e actualmente as que estão mais em uso são o
santanismo, o
barrosismo ou o
menezismo. Para aferir da importância futura destas três últimas, dão-se alvíssaras a quem se lembrar de memória quem foram o
Sr. Franco e o
Sr. Alpoim…
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