18 novembro 2007

UMA MENTIRA CONVENIENTE

(Excerto de uma noticia do Diário de Notícias de dia 18/11/2007, p.9)

A organização ecologista Greenpeace continua a realizar manifestações contra os que acusa de estarem a destruir o planeta Terra. Ontem, ao largo de Valência interromperam a navegação do gigantesco navio Front Driver. (…) Na Indonésia o alvo foram os tanques que armazenavam óleo de palma no porto de Dumai, por causa da destruição das florestas. Em Varsóvia, fizeram um apelo ao Governo para evitar as catástrofes ecológicas. Na Coreia do Sul foi abordado um navio com carvão…
Nos Estados Unidos… não, nos Estados Unidos não se passou nada… Aliás, apesar dos Estados Unidos produzirem comprovadamente (segundo dados das organizações dependentes da ONU) cerca de 25% de toda a poluição mundial, parece que para o Greenpeace é como nada ali se passasse que incomode ou preocupe os activistas da organização.
Não sei se é mais surpreendente esta omissão espantosa, se será o facto dessa extraordinária coincidência não costumar ser referida nem investigada. Talvez a melhor explicação para o facto esteja na circunstância de que os quadrantes ideológicos mais atentos a denunciar as manobras norte-americanas, também sejam aqueles que se reclamam do ideário ecologista como instrumento de acção política (como o Bloco de Esquerda, em Portugal…).
Levantar a questão, como aqui faço, de que a Greenpeace seja uma organização cujos indícios apontam estar ao serviço dos interesses de Washington, pode ser, para essas organizações, um anacronismo que confundiria a clareza das outras mensagens políticas que querem passar. Como se percebe, neste mundo dos problemas ambientais, pode não haver só verdades inconvenientes, mas também pode haver muitas mentiras convenientes

2 comentários:

  1. As provas indiciárias da tese são de tal forma fortes que nunca encontrei quem se atrevesse a refutá-las definitivamente (o que também pode querer só dizer que não procurei bem: há sempre um tonto disposto a defender não importa o quê...)

    Estranhamente, uma tese conspiratória que é tão potencialmente "suculenta" em termos mediáticos não aparece explorada...

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