21 setembro 2007

O AVESTRUZ-BRAVO

Os três ingredientes tradicionais de uma chicotada psicológica clássica como aquela que se deu no Chelsea são um clube que começa a época com maus resultados desportivos (confere), um treinador com modos de sargento que começa a dizer coisas à comunicação social com o ar mais convicto possível (confere, sempre as disse...) e um dirigente desportivo de fortuna recente que disfarça a sua insegurança sobre o que há a fazer, fazendo aquilo que lhe dizem para fazer para dar o aspecto que se fez qualquer coisa (também confere).
Parece ser apenas uma diferença de escala, e não qualitativa, a que justifica o tratamento dado ao despedimento de José Mourinho, hoje brindado com duas páginas (2 e 3) de destaque num jornal como o Público... Provavelmente porque o clube é inglês, o treinador despedido ter uma boca ainda mais escancarada do que o habitual e o empresário-dono-de-clube ser ainda mais rico do que o costume. Pela dimensão, Abramovich não será um pato-bravo mas sim um avestruz-bravo e alguns de entre nós não passamos de saloios labregos a dar uma relevância desmesurada a toda aquela história…

1 comentário:

  1. É a receita do costume, nos jornais e na televisão, a exploração de banalidades.
    O caso Mac Cann está em ponto morto.
    Felizmente tivemos o murro (falhado, pior ainda) de Scolari e a novela Mourinho, talvez porque, entretanto, Ronaldo (não) dormiu com a Floribela, o Pinto da Costa anda com a crista em baixo, o Valentim meteu baixa e poucos repararam que o novo Código de Processo Penal mais não visa do que safar o peixe graúdo da Casa Pia Gate.
    É Portugal. E bibó Porto!

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