28 agosto 2007

PUBLICIDADE INSTITUCIONAL

Os manuais de marketing ensinam-nos o conceito de publicidade institucional, quando as campanhas desenvolvidas pela empresa se destinam a sedimentar uma boa imagem sua, mas sem fazer qualquer menção directa aos produtos ou serviços que ela comercialize. O objectivo é o de procurar desencadear a simpatia instintiva de um consumidor actual ou potencial, do mesmo tipo daquela que nos leva, por exemplo e quando em Espanha, a abastecer-nos em bombas de gasolina da GALP, apenas pelo patriotismo dela ser uma empresa de origem portuguesa.
Se a publicidade institucional funciona assim, não se compreende porque haja necessidade que se encontrem benefícios directos e imediatos nos casos em que haja indícios de corrupção, como aconteceu, para citar dois casos recentes, com o caso da Somague e das contas do PSD e o caso Apito Dourado. Creio ser uma maneira habilidosa de tentar deslocar a discussão do que é essencial, a de procurar forçar a busca de uma contrapartida imediata ao favor prestado. Muitas vezes, a corrupção, tal qual alguma publicidade, é institucional. Na realidade, ao PSD basta saber que a Somague está ali quando for precisa, e aos árbitros que Pinto da Costa lhes controla os processos de classificação e a carreira…

1 comentário:

  1. A palavra "instituição" é a que Luís Filipe Vieira mais utiliza para designar o seu clube.
    Ele lá sabe porquê.
    A publicidade sem fins lucrativos também é designada por propaganda, e era mais usada na política (Salazar)e na Religião. Caiu em desuso.
    Pinto da Costa é só por si outra instituição, rima com corrupção, manipulação e fruta de estação...

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