
Hoje, para contra atacar um portentoso título que anuncia que brevemente irá estar disponível uma gasolina de 48 e 45 octanas para pobres o outro jornal recorre a um outro, mais pobrezinho, que dando conta que a ministra da educação não convenceu os deputados da oposição. As razões para o destaque na inserção deste último título são incompreensíveis.
Julgo estar hoje completamente difundido e ser canónico o exemplo que a notícia não é o cão morder o homem mas sim o homem morder o cão. Já ouvi a frase a Guterres e Nuno Markl, para mal dos nossos pecados, fez dela um modo de vida. Por isso, não percebo qual será a relevância noticiosa daquele título sobre a actuação da ministra da educação.
Quando todos sabemos como são preparadas as cenografias dos debates teria sido uma completa anormalidade algum deputado da oposição sair dali confessando a ministra convenceu-me ou a ministra declarar, por sua vez, tenho que reconhecer que me espalhei ao decidir repetir as provas. O que se passou ontem na Assembleia da República foi de uma banalidade de página interior. Tirando a agitação de Luísa Mesquita que precisa visivelmente que alguém lhe receite uns ansiolíticos.
Eu só perceberia que se desse um grande destaque a uma peça de teatro se ela fugisse ao autor e surpreendesse verdadeiramente a assistência, tipo Romeiro do Frei Luís de Sousa de Almeida Garrett acabou mesmo por revelar a sua identidade. Ou no caso de que estamos a falar umas garrafais: MINISTRA DA EDUCAÇÃO CONVENCEU DEPUTADOS DA OPOSIÇÃO.
Estes "posts" começam a rivalizar com o próprio "Inimigo Público"!
ResponderEliminarPouco ou nada há a fazer ou a esperar deste nosso novo mundo mediático em que a informação séria, rigorosa, objectiva, criteriosa e fundamentada é sentida como chata e obsoleta.
ResponderEliminarO que importa é o impacte de títulos gordos, chocantes, capazes de encher o olho e fazer salivar o leitor que faz um compasso de espera em frente ao quiosque.
É o mesmo método carnavalesco dos anúncios publicitários que são (quase sistematicamente) precedidos de graçola pueril ou de alusão que se quer erótica.
Só me preocupa a ansiedade em que vivem os nossos heróis do Mundial que mal dormem em férias (merecidas) sem saberem se vão ou não pagar IRS sobre os prémios(merecidos).
Entretanto, morreu Ta Mok o "carniceiros" khmer vermelho que depôs Pol Pot e que tinha (?) na consciência a morte de cerca de dois milhões de pessoas, no Cambodja.
Que título jeitoso se poderia arranjar para o homem?
Finalmente, deu-lhe o "tamok"?
A morte deu-lhe "kamoka" ?
Como título teria escolhido:
ResponderEliminar"Ministra da Educação não mordeu deputados da Oposição".
O cão ficava cá com uma inveja!!!