Depois de um e, a seguir, mais dois soldados raptados, seguindo uma progressão geométrica e uma escalada íngreme na severidade das retaliações, que pretenderá Israel fazer aos quatro soldados raptados? E aos oito? Será aos dezasseis raptados que se decide a utilizar armamento nuclear? E, já agora, onde e contra quem?
A inocuidade do resultado da recente eleição de Ehud Olmert na condução de um processo de negociações com os palestinianos faz lembrar uma antiga piada que se dizia a propósito da Prússia. Enquanto a Europa era constituída por países que tinham exércitos, a Prússia era o caso único de um exército que tinha um país. Parece ser o que está a acontecer em Israel onde, depois do desaparecimento de Ariel Sharon, o instrumento dominante da diplomacia hebraica parece ser a peça de artilharia auto-propulsionada.
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