15 outubro 2017

AS INDIGNAÇÕES ANTIFASCISTAS EXIBEM-SE EM ESCALA SUPORTÁVEL E APENAS NOS PAÍSES CONVENIENTES

As eleições legislativas austríacas tiveram lugar hoje e os resultados vão-se saber daqui a um bocado. As últimas sondagens davam maioritariamente a vitória aos conservadores do ÖVP (~32%), mas a grande surpresa era o potencial segundo lugar que poderia ser alcançado pelo FPÖ de extrema-direita (~26%) que ultrapassaria o SPÖ (~24%), o outro partido histórico austríaco, de cariz social-democrata. As estimativas, como se percebe pelo gráfica acima, resultam das sondagens dos últimos 15 dias. E o que é que, nas redes sociais, a esquerda activamente preocupada, se tem falado nisso? Onde é que pararam os ultrajes pré-eleitorais equivalentes aos manifestados no princípio deste ano a respeito de Marine Le Pen (em França) ou de Geert Wilders (na Holanda)? Não dei por eles, o que é tanto mais estranho quanto a votação que aparece prevista para o FPÖ (26%) corresponde ao dobro da que foi alcançada pelo PVV na Holanda ou, mais recentemente, também pela que foi obtida pelo AfD na Alemanha. Ou seja, se há país europeu onde a extrema-direita tem uma posição das mais reforçadas é a Áustria. Mas nunca se fala nisso... nem sequer se admite uma piadita sobre as origens (austríacas) de Adolf Hitler.

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