12 agosto 2014

A MORTE DE ELVIS PRESLEY RELEMBRADA PELA DE ROBIN WILLIAMS

Robin Williams (1951-2014) é o exemplo daquele actor simpático de que todos teremos pena pelo seu falecimento. Mas, por ter morrido nesta altura do ano, é possível que a cobertura noticiosa do acontecimento tenda a tornar-se desproporcionada na atenção dedicada à sua vida e obra, o que me fez lembrar imediatamente o precedente de Elvis Presley que, falecido em plenas férias veranis a 16 de Agosto de 1977, entupiu o fluxo noticioso nos dias que se seguiram. Acima, anunciava-se que o Rei morrera, embora a minha geração (dos Beatles) se perguntasse: quem o entronizara?

Suportando uma opinião publicada que não era a minha, uma canção de homenagem (pirosa como tudo) materializou-se, vinda não se sabe donde, e trepou pelas charts até atingir o top de vendas de discos. Tão bizarra terá parecido então a ideia de facturar à conta dos falecimentos alheios que o tema serviu de inspiração a André-Paul Duchateau para uma aventura de Ric Hochet aparecida no ano seguinte, intitulada Operação Cem Biliões, em cuja história um cantor popular forjava a sua própria morte enquanto lançava uma bem-sucedida operação de revalorização da sua imagem e obra.

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