Neste mesmo dia 21 de Fevereiro mas de há 45 anos, o presidente norte-americano Richard Nixon dava início a uma surpreendente, mas também controversa, visita a Pequim e à República Popular da China. Sinal dos tempos, mas também da evolução da geopolítica, uma visita do seu longínquo sucessor Donald Trump vê-se agora envolvida também em controvérsia. Não que isso seja novo, já que quase todos os presidentes dos Estados Unidos, incluindo também o próprio Nixon, tiveram a sua quota-parte de controvérsias quando de algumas deslocações ao exterior. Mas o que é perfeitamente inusitado é o destino desta futura, mas já controversa, visita de Donald Trump: Londres, capital do mais indefectível aliado europeu dos Estados Unidos e onde, aliás, ontem houve um animado debate parlamentar, precisamente a respeito do assunto (abaixo). De uma outra forma, quem sabe se a visita de Donald Trump ao Reino Unido não estará destinada a tornar-se também histórica?...
(Nota: Bom texto evocativo da efeméride de José Carlos Lourinho.) Sobre o resto, reconheça-se que se parecem viver dias históricos, onde se testam os limites da aceitação da Realpolitik pelas opiniões publicadas e públicas. Dos tempos do apogeu do cavaquismo (há uns 25 anos!) lembro-me de uma piada, em que se previa que, fosse Cavaco Silva engolido inteiro por um crocodilo, no Congresso do PSD que se seguisse, o crocodilo era eleito presidente do partido. Também neste caso, o Reino Unido - com acontece connosco, de resto - obriga-se a cortejar o presidente dos Estados Unidos, seja ele quem for e o que for. Agora ajudaria que os eleitores norte-americanos não dificultassem a tarefa, elegendo uma galinha ou um cavalo para ocupar o cargo...
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