
Situado a uns 1.200 quilómetros a sudoeste das
ilhas Havai, o pequeno
atol Johnston, perdido no meio do Oceano Pacífico (acima), ganhou uma importância estratégica com o advento da aviação. Como aconteceu durante a década de 1930 com outras pequenas referências geográficas como os atóis de
Wake ou
Midway, os norte-americanos ali construíram uma base aérea que ganhou importância crucial durante as fases iniciais da
Guerra do Pacífico (1941-1945) que os opôs aos japoneses.

Finda essa Guerra, no quadro da
Guerra-Fria que quase imediatamente se lhe seguiu, os norte-americanos aproveitaram as infra-estruturas existentes e até as ampliaram (acima observe-se como a ilha principal se expandiu artificialmente de 19 hectares em 1942 para 241 hectares em 1964) para, aproveitando o isolamento geográfico dos atóis, ali se dedicarem a pesquisas militares ultra-secretas – no campo dos ensaios nucleares, no dos voos aeroespaciais e no da associação entre aqueles dois (ogivas nucleares).

Funcionando de uma forma que se assemelharia muito à da nossa conhecida
Base das Lajes nos Açores, a Base de Johnston no seu apogeu era dominada pela pista principal com 2,7 quilómetros de extensão e operada por um conjunto de 1.300 pessoas (entre pessoal civil e militar) que eram para ali destacadas em comissões de serviço que, apesar do conforto relativo (ver abaixo) eram muito solitárias: ao contrário do que acontece com a
Terceira, o pequeno
atol Johnston nunca foi habitado.

O fim da
Guerra-Fria e a redução do dispositivo militar norte-americano levaram ao seu encerramento em 2004. A pista foi desactivada (é o significado do enorme
X amarelo que se vê pintado no chão numa das fotografias abaixo) e os edifícios foram demolidos para que a ilha se viesse a transformar num
refúgio para a vida selvagem, o que tem vindo a acontecer. Esta só será uma história com
final feliz, se as necessidades militares não se reimpuserem: o atol permanece sob a
jurisdição da Força Aérea...

(As duas últimas imagens são montagens de fotografias obtidas
aqui).
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