Convém dizer que houve entre os indianos quem nunca depositou grandes expectativas na efectiva contribuição paquistanesa na luta contra o extremismo islâmico, nomeadamente no caso concreto das investigações quanto aos mentores dos atentados terroristas que tiveram lugar em Bombaim em Novembro do ano passado e que causaram mais de 170 mortos. Ainda no princípio deste mês, o episódio da libertação de Hafeez Mohammad Sayeed, o dirigente supremo da organização Jamaat-ud-Dawa, reforçou-lhes ainda mais essa convicção.

Já foi tempo em que estas jogadas irritavam os indianos. Agora, é com toda a aparência cordata que Manmohan Singh lhes dá publicidade junto do auditório norte-americano, evidenciando o jogo duplo paquistanês. Até pelas metáforas de Singh se percebe que o discurso tem um outro auditório: É do nosso interesse vital fazer a paz com o Paquistão mas são precisas duas mãos para aplaudir (**). Estivessem os destinatários do discurso no Paquistão e eles saberiam que na Índia, mais do que para aplaudir(***), são precisas logo as duas mãos mas para saudar…

(**) It is in our vital interest to make peace with Pakistan but it takes two hands to clap.
(***) Ironicamente, na cultura indiana o gesto de bater palmas também pode ser usado para chamar um empregado...
Interessante e oportuno.
ResponderEliminarSão precisas as mãos para aplaudir e, por vezes, os pés para patear.
Não se se desta feita, vai funcionar o pé que estiver mais à mão.
bfs
Na verdade
ResponderEliminarsão precisas duas mãos
firmes e determinadas